A assembléia geral de credores da Graúna Aerospace aprovou a venda do prédio principal da empresa por até R$ 6,3 milhões. O dinheiro arrecadado com a venda será usado para pagar a indenização dos 101 trabalhadores demitidos no início do ano e o que restar será usado como capital de giro e para o pagamento de outras dívidas. O prédio da Graúna tem 29.084 m2 de área construída no bairro Maria Cândida e segundo especialistas vale mais de R$ 9 milhões.
Fundada em maio de 1990, a Graúna Aerospace já foi uma das principais fornecedoras de peças da Embraer. Em 2008 alcançou seu maior faturamento. No ano seguinte investiu pesado em um plano de expansão. Mas no mesmo ano, seu principal cliente, a Embraer cortou as encomendas pela metade. Veio a crise que resultou na demissão de 101 funcionários no início do ano.
A venda do prédio faz parte do plano de recuperação judicial apresentado em maio pela empresa e que prevê ainda a mudança para um outro local e a recomposição do capital de giro. Conforme o plano, a Graúna planeja ainda expandir suas atividades para outros segmentos com o fornecimento de peças para helicópteros, empresas do setor petrolífero, de energia e de defesa.
A principal alavanca desta tentativa de recuperação da Graúna será o dinheiro arrecadado com a venda do prédio. O imóvel está avaliado em R$ 9 milhões. Mas a assembléia dos credores autorizou a venda por até 70 % desse valor, ou seja em torno de R$ 6,3 milhões. Este dinheiro representa um terço da dívida total da empresa.
Conforme o edital de notificação e chamamento dos credores mais de 200 empresas, muitas delas de Caçapava, terão direito de participar do rateio da venda do prédio da Graúna. Somente com estas empresas a dívida ultrapassa os R$ 2,6 milhões.
Será dada preferência também para as indenizações trabalhistas que ultrapassam os R$ 2,5 milhões. Segundo o diretor do sindicado dos Metalúrgicos Edmir Marcolino da Silva o ideal seria que a Graúna pudesse sair da crise mantendo os 140 empregos atuais. “Mas se ela pode falir é melhor que venda o prédio e que pague logo os 101 pais de família que estão há 6 meses sem receber”, justificou. O sindicalista aproveita para sugerir que a prefeitura, o estado, a Fiesp ou o governo federal comprem o prédio para instalar no local uma unidade de ensino profissionalizante. “O prédio poderia servir para uma escola técnica, para uma Fatec ou até para uma unidade do Senai”, sugeriu.
é lastimável o estado em que chegou a graúna, uma pena, já trabalhei lá e hoje sinto muito pelos amigos que deixei lá, culpa dos empresários incompetentes e da ganancia dos mesmos!
ResponderExcluirO que a maioria das pessoas não sabem e que o BNDES colocou 21 milhões de reais que desapareceram
ResponderExcluirsem contar que a empresa pegou mais de 7 milhões no bancos e deu como garantia a seus maquinários
para os trabalhadores que ainda estão na empresa não existe nenhuma garantia de receber em u caso de falência