Greve para asfalto no Jardim Panorama

Cerca de 30 funcionários da empreiteira Lema de Tremembé entraram em greve e paralisaram as obras de asfaltamento do bairro Jardim Panorama. Eles querem o pagamento dos salários atrasados e melhores condições de trabalho. Segundo os grevistas a empresa não fornece nem água para beber. O “refeitório” é um banco de madeira no sol e o “alojamento” uma tenda de lona plástica toda furada. 

 
A obra é de responsabilidade da Rual Engenharia que subempreitou para a Lema a colocação do meio-fio nas calçadas e das manilhas do esgoto pluvial.
O asfalto no valor de R$ 4,9 milhões está sendo custeado pelo governo federal e tem um prazo de 120 dias para ficar pronto.
Segundo o responsável pela Rual no canteiro de obras a construtora está cumprindo todos os prazos. “O problema é com a empreiteira Lema que tem pagamentos em atraso com seus funcionários desde obras passadas. Assinamos um contrato de prestação de serviços com eles e a primeira parcela ainda nem venceu”, explicou.
Desde o início da greve o responsável pela Lema se ausentou do canteiro de obras, o que deixou os funcionários ainda mais revoltados. “Tem gente há 40 dias sem receber. Eles vem dando desculpas para não pagar o nosso salário. Só estamos aqui porque precisamos” disse um pedreiro que entrou há 20 dias na empresa e que já teve sua primeira quinzena vencida.  Ele reclamou que a situação está muito difícil. “A mulher está com gravidez de risco. Tem que tomar remédios e o dinheiro já acabou. Hoje a noite vou ter que pedir emprestado porque daqui não sai nada” lamentou.
Outra queixa comum dos grevistas é a falta de condições de trabalho. Segundo eles, não há equipamentos de segurança e nem mesmo as ferramentas necessárias para o trabalho. Denunciam também a falta de água para beber e a contratação de menores sem carteira assinada.
O responsável pela Rual no canteiro de obras mandou recolher todas as máquinas até que a situação se normalize.