A boca funcionava 24 horas por dia. Traficantes se revezavam em turnos de 6 horas com a colaboração de mais 15 pessoas. No meio da mata a polícia encontrou uma barraca que servia como alojamento e locais onde os traficantes preparavam refeições. Também foram encontrados marmitex fornecidos por restaurantes da cidade.
Do ponto mais alto do terreno, próximo a rua Mariano Antônio Alcântara, olheiros avisavam os comparsas sobre a chegada da polícia nas proximidades. Dezenas de rotas de fuga foram abertas no meio do matagal.
A venda das drogas era realizada embaixo de frondosas mangueiras com mais de 50 anos. Só dava para chegar ali a pé ou de moto. Rodeados por muito verde e ao som de pássaros silvestres os traficantes ocuparam tranquilamente a região por pelo menos 6 meses.
Nesse período os moradores da vizinhança que usavam o campo para praticar esportes foram se afastando com medo dos nóias que circulavam pelo local dia e noite. O ponto já era bastante conhecido até por trabalhadores que passavam pela boca antes ou depois do trabalho.
Ali se encontrava de tudo: maconha, cocaína, crack e até oxi. O crack e o oxi são muito parecidos, o que pode confundir tanto quem apreende as drogas, como quem consome. Mas o oxi é mais potente, mais perigoso, mais letal e mais barato que o crack. O nome vem da abreviação de oxidado, já que a substância base (pasta de cocaína) passa pelo processo de oxidação. A mistura final contém querosene ou gasolina, cal e permanganato de potássio. Também é possível encontrar fórmulas com a presença de cimento, acetona, ácido sulfúrico, amônia e soda cáustica.
Especialistas informam que o oxi tem o poder de provocar dependência no primeiro uso. Causa efeitos devastadores no organismo humano como doença renal, emagrecimento, diarreia, vômitos e perda dos dentes, por conta do processo corrosivo provocado pela presença dos combustíveis na composição.
Toda droga apreendida no campo da Associação foi encaminhada para o Instituto de Criminalística de São José dos Campos para identificação em laboratório. Somente o crack ou oxi encontrados em poder dos traficantes renderia mais de 1.000 pedras.
Diego Venâncio Castilho, de apenas 23 anos, já tinha sido preso em flagrante em junho de 2011 também pelo crime de tráfico de drogas. Mas seu advogado conseguiu liberdade provisória alegando entre outros motivos que ele “tem bons antecedentes e ocupação lícita.”
Parabéns a excelente equipe da PC de Caçapava.
ResponderExcluirContinuem nesse belo trabalho investigativo, pois, como sabemos, ainda não acabou.
A Polícia Civil de Caçapava tem atuado com maestria nos últimos meses no combate ao tráfico. Parabéns, e por favor, tirem os lixos das ruas, a população agradece.
ResponderExcluirParabens em partes,porque otrafico ainda acontece da mesma forma. Outra, todo undo sabe que o Chcão não era o gerente, mas sim o Diego, sendo assim o Patrão tbm não era o Diego , mas sim uma pessoa que mora quase em frente a entrada do Campão,impossivel com toda essa investigação Polícia não ter descoberto isso
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